quinta-feira, 17 de abril de 2014

Juiz nega pedido de Pedro Henry para passar feriado com a família

Renata Rodrigues
Protagonistas de escândalos, Henry tem mais um pedido negado pela justiça. Foto: Reprodução
O juiz da Segunda Vara Criminal de Cuiabá, Geraldo Fernandes Fidelis Neto, negou o pedido do recuperando Pedro Henry para passar o feriado da Páscoa e seu aniversário com a família. O ex-parlamentar solicitou a saída temporária alegando de que os outros condenados no processo do mensalão tiveram direito ao benefício de visitarem suas famílias.

O pedido foi intermediado no final do expediente da Justiça desta quarta-feira (16), o magistrado mencionou que Henry não cumpriu 1/6 (um sexto) da pena determinada. Por meio do seu advogado de defesa, ele considerou que tem cumprido todas as condições impostas pela justiça e se dispôs a fornecer o endereço e telefone de sua residência, onde iria permanecer os dois dias do final de semana, saindo na segunda-feira.

Pedro Henry faz aniversário nesse período de feriado prolongado, ele irá completar 57 anos neste sábado. Para festejar a data, pediu que retornasse somente no dia 22, próxima terça-feira, e com isso, iria direto para o trabalho, devendo retornar somente às 19h para o anexo da Penitenciária Central do Estado (PCE), onde cumpre pena.

Ao negar o pedido, o magistrado esclareceu que os condenados que cumprem pena em regime semiaberto só podem ter autorização para saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos: visita à família; frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior ou participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.

Pedro Henry conhecido nacionalmente por diversos espetáculos escandalosos tem um histórico mensurável. Relembre alguns deles:

Escândalo do Mensalão: O ex-líder do PP no governo Lula angariou, com a ajuda de outros três deputados, 4 milhões de reais para as contas da legenda - tudo pelo caixa dois e por meio do valerioduto. No julgamento do mensalão no STF, foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro - sua pena foi de 7 anos e 2 meses em regime semiaberto, além de multa de 932.000 reais - e inocentado do crime de formação de quadrilha. Ao ser preso, em 2013, renunciou ao mandato de deputado federal. Em janeiro de 2014, foi autorizado a cumprir jornada de trabalho das 7 às 17 horas na área administrativa do Hospital Santa Rosa, em Cuiabá (MT), onde cumpre pena.


Na esteira do escândalo, safou-se da cassação na Câmara dos Deputados e reelegeu-se nas duas eleições seguintes. E não parou de acrescentar escândalos a sua ficha. É acusado de envolvimento no esquema de compra superfaturada de ambulâncias operado pela Máfia das Sanguessugas. Respondeu a dois processos no Conselho de Ética da Câmara, em 2005, por causa das acusações de Roberto Jefferson e, em 2006, pelo esquema das sanguessugas. Foi absolvido nas duas ocasiões. Entre fevereiro e novembro de 2011, licenciou-se do cargo na Câmara para assumir a Secretaria de Saúde do Mato Grosso. Desde julho de 2011, Pedro Henry está sob investigação do Supremo por crime eleitoral e é réu por improbidade administrativa no caso das sanguessugas.

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