quinta-feira, 22 de maio de 2014

Greve dos motoristas de ônibus continua na Grande Cuiabá

Renata Rodrigues

A população mato grossense ficou totalmente prejudicada com a greve dos motoristas do transporte coletivo. Os veículos de comunição estão divididos entre: reivindicar o direito do cidadão cuiabano e várzea-grandense ou aplaudem a posição da Polícia Federal pela quinta operação ‘Ararath’. Que mostra as inúmeras culpas dos políticos e empresários de Mato Grosso. Além de mostrarem a cara e os podres dos poderosos para todo o Brasil.

Nas duas principais cidades do estado sem transportes, os cidadãos tiveram que caminhar o percurso que costumavam fazer em minutos. Pessoas que tem veículos estavam oferecendo carona por solidariedade e, quem estava no ponto de parada acabavam indo com estes que nem conheciam.

Motoristas de ônibus mantêm greve na Grande Cuiabá/Foto: Blog Meu Transporte
Essa realidade não é diferente em São Paulo, pois a greve atinge também toda a população. O transtorno nas ruas é visível, pois só na cidade de SP os números de habitantes são mais de 43 mil e, o tráfego era intenso a cada hora que passava. Os carros particulares e lotações clandestinas chegavam a cobrar até R$ 10 por passageiro para fazer trechos em que são cobrados no máximo R$ 3, o valor da passagem.


Em Cuiabá e Várzea Grande o reflexo é diferente, aqui os números de habitantes são mais de 500 mil. Congestionamentos eram nítidos nas avenidas, principalmente nos horários de pico, no período da manhã e no final da tarde. O valor da passagem cobrada dos usuários é de R$ 2,80, é a quinta tarifa mais cara do país.

E, haja desculpas pelas autoridades que deixou a população durante quatro dias a pé. Empresas de Transporte Coletivo Urbano do Estado de Mato Grosso informou que os motoristas não cumpriram a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, que estabelecia que 70% dos funcionários continuassem a trabalhar durante a greve.

O direito do cidadão é uma questão a se lembrar, pois, pagam um valor excessivo na tarifa do coletivo. A qualidade do transporte é precária, muitos carros não atendem a necessidade da população.  O número de coletivos que circulam na cidade é inferior para a quantidade de habitantes, mais de 500 mil. De acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito, só em Cuiabá há mais de 166 mil automóveis. E mesmo que fosse um veiculo para cada habitante, não atenderia toda população.

A fiscalização não foi realizada nos pontos de parada, pois a população reclama que não passa nenhum ônibus. Os 70% que eram para estar circulando, conforme lei ficou apenas no papel. O tradicional “jeitinho brasileiro” tornou um estilo para as pessoas que dependem do transporte.

E começam as desculpas - Os motoristas do transporte coletivo alegam necessidade do reajuste salarial de 7,5%, vale-alimentação de R$ 400 por mês, bonificação para motoristas que atuam sem cobradores dentro dos veículos de R$ 250, protetor solar para trabalhadores que atuam expostos ao sol.

O sindicato das empresas do transporte coletivo urbano (STU) explicou que não pode conceder mais de 4,63% de aumento salarial, conforme resolução do Conselho Municipal de Transporte. A unidade vem negociando com os trabalhadores do transporte coletivo desde 25 de abril, e até hoje nada fora resolvido.  Uma audiência de conciliação foi realizada nesta quinta-feira (22) entre motoristas e empresários. Os trabalhadores do transporte coletivo recusaram o acordo e mantêm greve. 


Agora em São Paulo a região mais afetada foi a do M’Boi  Mirim, mais de cinco empresas paralisaram e, dos 29 terminais da SPTrans na cidade, 13 terminais de ônibus fechados.   Um dos sete representantes eleitos pelos motoristas e cobradores grevistas, Luiz Pereira Lima, disse: “Queremos algo entre 20% a 15% de reajuste salarial". E segundo informações do G1 São Paulo, essa negociação vem de anos luz. 

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