quarta-feira, 30 de abril de 2014

Ministro afirma que possível caso da vaca louca está sob controle

Renata Rodrigues 

Ministério da Agricultura está tratando o caso com prioridade. Foto: Reuters 
"Está tudo sob controle, rigorosamente funcionando. O Mapa, junto com o Indea (o órgão de defesa sanitária do Estado) fez todos os levantamentos e os resultados dos exames devem sair na quinta-feira (1º)", afirmou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, sobre a suspeita de contaminação de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), também conhecida como o mal da vaca louca.

Geller declarou sobre o assunto durante visita no município de Sorriso, na terça-feira (29).  Agora a confirmação da suspeita para a doença depende da conclusão de análise conduzida em um laboratório referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Weybridge, na Inglaterra.

"Estamos jogando rápido, firmes. Diferente de outros casos que aconteceram, em 30 dias estava tudo sob controle", disse Geller. O ministro ainda acrescentou. "Nenhum pé atrás porque [o Brasil] agiu rápido e com bastante firmeza. O que temos recebido são elogios da comunidade internacional, tendo em vista a rapidez com que o governo federal tem agido".

Entenda a polêmica

Os técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) foram até o frigorifico localizado no município de São José dos Quatro Marcos, região sudeste do estado. Na unidade foram abatidos e incinerados 49 bovinos que tiveram contato com uma vaca que despertou as suspeitas para um possível caso de mal da vaca louca, no estado.

O caso foi registrado no sábado, dia 26.04. A fêmea, possivelmente contaminada, tinha 12 anos e foi encaminhada para abate no dia 19 de março. Somente no frigorífico ela apresentou distúrbios neurológicos que indicam sinais da EEB. Um fiscal do Mapa notou que a fêmea estava caída, e a excluiu da fila de abate.

Imediatamente a empresa adotou os primeiros procedimentos em casos dessa natureza, que é  abater, coletar amostra de material encefálico e encaminhar para análise laboratorial.

A partir daí deu inicio as investigações sobre uma provável causa do mal da vaca louca no rebanho bovino de Mato Grosso. Esse caso foi considerado atípico, porque o animal foi criado exclusivamente em sistema extensivo e abatido em idade avançada, aos 12 anos.

O que é a vaca louca?

A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da vaca louca, é uma enfermidade degenerativa fatal e transmissível do sistema nervoso central de bovinos. É causada por uma proteína chamada príon. A contaminação ocorre quando o bovino ingere alimentos de origem animal, como farinhas de carnes e ossos.


No organismo bovino, o príon pode ficar inativo por uma média superior a cinco anos. Ao se manifestar, atacará principalmente o sistema nervoso do animal, multiplicando-se no cérebro do ruminante. A doença é caracterizada clinicamente por nervosismo, reação exagerada a estímulos externos e dificuldade de locomoção.

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